Bancos & Finanças Portugal

Perguntas - Respostas

Quais bancos são mais favoráveis para estrangeiros?

Visão geral dos bancos mais populares entre os expatriados:

 

Caixa Geral de Depósitos (CGD): o maior banco estatal em Portugal; possui uma extensa rede de agências em todo o país; oferece uma ampla gama de serviços, desde banco pessoal até produtos de investimento; é considerado uma escolha confiável para estrangeiros, embora seja importante notar que o atendimento pode ser lento e alguns serviços têm taxas elevadas.

 

Millennium BCP: um dos maiores bancos privados de Portugal; oferece soluções digitais inovadoras e excelente atendimento ao cliente em inglês; disponibiliza uma variedade de produtos para uso pessoal e corporativo.

 

Novo Banco: ativamente oferece seus serviços a estrangeiros e disponibiliza soluções bancárias modernas com foco em produtos digitais.

 

Banco Santander Totta: um dos bancos mais orientados internacionalmente de Portugal; oferece uma ampla gama de serviços financeiros para expatriados; é adequado para transferências internacionais e manutenção de contas em várias moedas.

 

BPI: o quarto maior banco em Portugal; oferece soluções bancárias flexíveis e uma ampla gama de produtos, incluindo fundos de investimento; oferece condições convenientes para abertura de contas por estrangeiros.

 

Também são populares bancos online como N26, Revolut e Wise. Eles oferecem a possibilidade de abrir contas online, tornando-os atraentes para nômades digitais e para aqueles que não conseguem visitar uma agência imediatamente. Estes bancos oferecem baixas taxas e transferências internacionais convenientes.

Como abrir uma conta bancária e quais documentos são necessários?

O processo de abertura de uma conta bancária em Portugal pode ser realizado em uma agência bancária ou online, dependendo do banco.

 

Documentos necessários:

- Documento de identidade: passaporte, título de residência ou cartão de identidade da UE.

- Número de contribuinte (NIF): documento obrigatório emitido pela autoridade fiscal portuguesa, necessário para todas as operações financeiras.

- Comprovativo de residência: por exemplo, uma conta de serviços públicos (eletricidade, água) ou contrato de aluguel emitido nos últimos três meses.

- Comprovativo de rendimentos ou atividade profissional: pode ser uma declaração de emprego, recibos de salário ou declaração fiscal. Para aposentados, documentos que comprovem o recebimento de pensão são adequados.

- Número de telefone português (às vezes necessário para o banco online e para receber códigos de confirmação, embora alguns bancos possam aceitar números estrangeiros).

 

Abrindo a conta: visite uma agência bancária ou abra a conta online através de um aplicativo; para abrir uma conta online pode ser necessária uma videochamada com um funcionário do banco para verificação de identidade.

 

Para abrir a conta, será necessário fazer um depósito mínimo, que geralmente é em torno de 250-300 euros, dependendo das condições do banco.

 

Dicas adicionais

Se você não é residente em Portugal, o processo pode demorar mais e você pode precisar de documentos adicionais, como uma certidão de residência fiscal no seu país.

Também é importante estar atento às taxas mensais, que podem variar de 5 a 7 euros, dependendo do tipo de conta.

 

Este processo é padrão para a maioria dos bancos em Portugal, mas é sempre recomendado verificar as exigências atuais com o banco escolhido.

Como sacar dinheiro de um cartão bancário estrangeiro?

Como sacar dinheiro

Use os caixas automáticos da rede Multibanco: Em Portugal, existem mais de 12.000 caixas Multibanco, que aceitam cartões de sistemas de pagamento internacionais como Visa e MasterCard. Os caixas automáticos dessa rede geralmente não cobram taxas adicionais para saques com cartões estrangeiros, ao contrário de outras redes como Euronet, que podem cobrar taxas altas (até 13%).

 

Limites de saque: Geralmente, é possível sacar até 200 euros por transação, e o limite diário é de 400 euros. Se precisar de mais dinheiro, é possível realizar várias transações em dias diferentes.

 

Evite a conversão de moeda no caixa automático: Ao sacar dinheiro, o caixa pode oferecer para converter a moeda para a moeda do seu cartão (por exemplo, dólares ou libras). Sempre escolha a opção de saque em euros para evitar taxas de câmbio desfavoráveis. Seu banco oferecerá uma taxa melhor do que o caixa automático.

 

Suporte para PINs de 4 e 6 dígitos: A maioria dos caixas eletrônicos em Portugal aceita tanto códigos PIN de 4 quanto de 6 dígitos, então seu PIN padrão funcionará.

 

O que deve ser evitado

Caixas eletrônicos Euronet: São amplamente encontrados em áreas turísticas, como aeroportos e grandes shopping centers, mas cobram altas taxas por cada operação.

Caixas eletrônicos em aeroportos: Esses caixas frequentemente cobram taxas adicionais, então é melhor usar um caixa eletrônico na cidade.

 

Se você possui um cartão que oferece transações internacionais gratuitas (por exemplo, Wise, Revolut ou N26), isso pode ajudar a evitar custos extras ao sacar dinheiro.

Como enviar dinheiro para outro país?

Transferência bancária

A maneira tradicional de enviar dinheiro para o exterior é através de transferência bancária usando o sistema SWIFT. Este é o método mais confiável para quantias grandes, mas pode ser lento (até 5 dias úteis) e caro. As taxas variam de banco para banco e podem chegar a 20-130 euros por transferência, dependendo da quantia.

Para a transferência, você precisará de:

- Nome do destinatário;

- Código BIC/SWIFT do banco do destinatário;

- IBAN (número internacional da conta bancária).

 

Transferências SEPA

Para países dentro da UE e da zona do euro, há uma opção mais econômica — transferências SEPA. Este método permite transferências de dinheiro em euros com taxas mínimas ou sem elas, mas é adequado apenas para países que adotam o euro.

 

Serviços online de transferência de dinheiro

Serviços online modernos, como Wise, Revolut, Remitly e PayPal, oferecem formas rápidas e convenientes de enviar dinheiro internacionalmente. Essas plataformas geralmente cobram taxas mais baixas em comparação com os bancos e oferecem uma taxa de câmbio favorável.

 

Wise: oferece condições transparentes com taxas baixas, possibilidade de acompanhar a transferência e conversão de moeda à taxa de mercado real.

Revolut, Remitly: convenientes para transferências internacionais regulares, mas suas taxas podem variar dependendo do país de destino.

PayPal: adequado para envio de dinheiro entre contas PayPal, contudo, cobra altas taxas de conversão de moeda.

 

Transferências de dinheiro por sistemas de dinheiro vivo

Se você precisa enviar dinheiro para regiões remotas, onde não há contas bancárias, pode usar serviços como Western Union. O dinheiro pode ser enviado online ou por meio de um agente, e o destinatário poderá retirar o dinheiro em um ponto de atendimento no país de destino.

Um estrangeiro pode obter crédito/hipoteca?

Estrangeiros podem obter crédito ou hipoteca em Portugal, e o processo é bastante transparente, embora existam particularidades.

 

Requisitos para estrangeiros

Estrangeiros, tanto residentes quanto não residentes, podem solicitar uma hipoteca em Portugal. Para isso, é necessário ter um número de identificação fiscal (NIF) e fornecer documentos como um passaporte ou outro documento de identidade, comprovação de renda (por exemplo, recibos de salário ou declaração fiscal), extrato bancário dos últimos 3–6 meses, e comprovante de endereço (por exemplo, contrato de aluguel).

 

Entrada inicial e condições

Normalmente, estrangeiros recebem ofertas de crédito com uma proporção de financiamento de 60–70% do valor do imóvel, o que significa a necessidade de dar uma entrada inicial de 30–40%. No caso de residentes, o financiamento pode chegar a 80–90% do valor do imóvel.

 

Taxas de juros e tipos de créditos

Em Portugal, estão disponíveis dois tipos principais de hipotecas:

Com taxa variável, que é revisada a cada 6 meses.

Com taxa fixa, permitindo fixar os pagamentos por um prazo determinado (às vezes por todo o período do crédito).

 

Custos para obter uma hipoteca

Ao contratar uma hipoteca, existem custos adicionais: avaliação do imóvel, taxas legais, serviços notariais, seguros de vida e propriedade. Em geral, essas taxas podem chegar a até 10% do valor do imóvel.

 

Muitos bancos portugueses, como Millennium BCP, Novo Banco e Caixa Geral de Depósitos, oferecem produtos hipotecários para estrangeiros. Cada aplicação é revisada individualmente, dependendo da condição financeira do requerente e do valor do imóvel.

Como pagar por grandes compras (imóveis, carros)?

Compra de imóveis

Hipoteca (crédito habitacional): método de pagamento que pode ser obtido tanto por residentes quanto por estrangeiros.

Transferência bancária: A forma mais comum e segura. É possível transferir dinheiro de um banco estrangeiro ou português diretamente para a conta do vendedor ou para um depósito notarial.

Cheque do valor da transação: Se você tem uma conta em um banco português, pode solicitar um cheque bancário em nome do vendedor; o cheque é garantido pelos fundos disponíveis na sua conta. O cheque é entregue ao notário no dia da assinatura do contrato de compra e venda.

Pagamento com criptomoeda: Algumas agências imobiliárias em Portugal aceitam pagamento em bitcoins (BTC) e ethers (ETH). No entanto, na maioria das vezes a criptomoeda é convertida em euros antes da transação.

Importante: Se o valor exceder €10.000, o banco pode exigir documentos comprovativos da origem dos fundos.

 

A compra de um automóvel

Para comprar um automóvel em Portugal, estão disponíveis as seguintes formas de pagamento:

Pagamento em dinheiro ou transferência bancária.

Crédito automóvel: Muitos bancos e concessionárias oferecem créditos para compra de automóveis. Será necessário apresentar documentos, como identificação pessoal, comprovação de renda e informações sobre o veículo escolhido.

 

Em Portugal, é possível fazer compras de grande valor em dinheiro, mas existem restrições legais para o montante desses pagamentos.

Para indivíduos que compram produtos ou serviços, o valor máximo para pagamentos em dinheiro não deve exceder 3.000 euros.

Se a compra for realizada entre uma pessoa física e uma pessoa jurídica (por exemplo, compra de imóvel ou automóvel de uma empresa), o valor do pagamento em dinheiro é limitado a 1.000 euros.

 

Assim, ao comprar um imóvel ou um automóvel, se o valor exceder esses limites, o restante deve ser pago através de transferência bancária ou outros métodos sem dinheiro em espécie, como cartão de crédito ou financiamento bancário.

Quais são as formas de poupança e oportunidades de investimento (depósitos, ações)?

Em Portugal, existe um amplo leque de opções para poupança e investimentos, adequados tanto para investidores conservadores quanto para investidores mais arriscados.

 

Depósitos: Uma das formas mais populares e seguras de poupança em Portugal. Os bancos oferecem taxas atraentes para depósitos a prazo de 12 a 36 meses. Os depósitos são garantidos até 100.000 euros, o que os torna uma escolha confiável para quem deseja preservar o capital.

 

Planos de pensão: O plano de pensão complementar voluntário é um produto de longo prazo, destinado a poupança para a reforma; pode ter rendimento garantido ou ser voltado para investimento; também oferece benefícios fiscais, tornando-o especialmente atraente para aqueles que pensam em poupança a longo prazo.

 

Títulos: As obrigações são instrumentos de menor risco em comparação com as ações. Elas representam uma dívida de uma empresa ou governo e pagam uma renda fixa. As ações oferecem um rendimento potencial mais elevado devido ao crescimento do valor da empresa e ao pagamento de dividendos.

 

Certificados de poupança: Estes produtos são apoiados pelo governo e oferecem baixo risco com taxas de juro fixas. Os certificados estão disponíveis para investimentos de pequenas quantias e podem ser uma excelente alternativa aos depósitos, caso você queira um rendimento mais elevado, mas com segurança.

 

Fundos de investimento e ETF: Investir através de fundos de investimento ou ETF permite diversificar o portfólio com diferentes ativos, o que reduz riscos. Estes produtos requerem maior envolvimento na gestão, mas oferecem flexibilidade e potencialmente rendimentos mais elevados.

Quais são as obrigações fiscais para estrangeiros?

Em Portugal, os estrangeiros, tanto residentes quanto não-residentes, têm certas obrigações fiscais dependendo do seu status e fonte de renda.

 

Obrigações fiscais para residentes

Se você está em Portugal por mais de 183 dias por ano ou tem uma residência permanente no país, você se torna um residente fiscal. Isso significa que você deve pagar imposto sobre toda a sua renda mundial, independente do país de origem. As taxas de imposto sobre o rendimento são progressivas e variam de 14,5% a 48%, dependendo do nível de renda. Os residentes podem usufruir de deduções fiscais sobre despesas médicas, educação e juros hipotecários.

 

Obrigações fiscais para não-residentes

Estrangeiros que residem em Portugal menos de 183 dias por ano ou não têm uma residência permanente são considerados não-residentes. O imposto sobre rendimentos auferidos em Portugal é de 25% para salários e 28% para rendimentos de dividendos, juros de depósitos e rendas. Os não-residentes não podem usufruir de deduções fiscais como fazem os residentes.

 

Regime para não residentes 

Para os estrangeiros também está disponível um regime fiscal especial para "residentes não habituais", que oferece incentivos fiscais. No âmbito deste regime, é possível pagar um imposto fixo de 20% sobre rendimentos profissionais, e os rendimentos do exterior podem estar isentos de tributação durante 10 anos. Este regime é especialmente atraente para especialistas altamente qualificados e aposentados.

 

Outros Impostos

Além do imposto sobre a renda, os estrangeiros são obrigados a pagar impostos sobre a propriedade, caso possuam imóveis em Portugal, bem como o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) na compra de bens e serviços.

 

Assim, as obrigações fiscais dependem do status de residência e do tipo de rendimentos. É importante consultar especialistas em tributação para otimizar a carga fiscal e estar em conformidade com a legislação.

Como ocorre a declaração de impostos para estrangeiros?

 O processo de declaração de impostos para estrangeiros em Portugal depende do seu status — residente ou não residente — e das fontes de seus rendimentos.

 

Residentes fiscais 

Devem declarar todos os seus rendimentos mundiais, incluindo rendimentos do exterior. A declaração de impostos é submetida através do modelo 3 no site Portal das Finanças de 1 de abril a 30 de junho do ano seguinte ao reportado. Na presença de rendimentos estrangeiros, preenche-se o Anexo J, onde se devem indicar os rendimentos e suas fontes, bem como possíveis impostos pagos em outro país.

 

Não residentes fiscais

Devem declarar apenas os rendimentos obtidos em Portugal. Rendimentos como salários ou rendimentos de aluguer de propriedades são tributados a uma taxa fixa de 25-28%, dependendo do tipo de rendimento. Não residentes não podem usufruir dos benefícios fiscais disponíveis para residentes. A declaração também é submetida através do modelo 3.

 

Regime Residente Não Habitual (RNH)

Este regime oferece incentivos fiscais para especialistas altamente qualificados e aposentados. No seu âmbito, estrangeiros podem ser tributados a uma taxa fixa de 20% para determinados tipos de atividades, e rendimentos do exterior podem ser isentos de tributação por até 10 anos.

 

Evitar a dupla tributação

Portugal tem acordos para evitar a dupla tributação com mais de 70 países, o que permite evitar o pagamento de impostos tanto em Portugal quanto no país de origem dos rendimentos. Com um acordo desses, pode-se usufruir de um crédito fiscal em Portugal.

 

É importante consultar especialistas em tributação para a correta declaração.

Quais são as regras e benefícios para trabalhadores independentes e freelancers?

Regime fiscal 

Freelancers e trabalhadores independentes são tributados sob a categoria B (rendimentos de atividade independente). Existem dois regimes fiscais disponíveis:

Regime simplificado: aplica-se se os rendimentos não excederem 200.000 euros por ano. Neste caso, a tributação é baseada em coeficientes: por exemplo, apenas 75% do rendimento é tributado, enquanto os restantes 25% são considerados como despesas relacionadas com a atividade. Este regime é mais simples, mas não permite considerar todas as despesas reais.

Contabilidade organizada: este regime é adequado para freelancers com altos rendimentos e despesas significativas. Aqui, pode-se deduzir todas as despesas, como aluguel, serviços públicos, viagens de negócios e outros custos relacionados à atividade. Em caso de prejuízos, estes podem ser transportados para os anos seguintes para reduzir a base tributável.

 

IVA 

Freelancers estão isentos do IVA se o seu rendimento anual não exceder 13.500 euros. Se os rendimentos estiverem acima deste limite, é necessário enviar declarações trimestrais de IVA e pagá-lo.

 

Contribuições sociais 

Todos os trabalhadores independentes são obrigados a fazer contribuições para o sistema de segurança social. A taxa é de 21,4% sobre a base tributável, mas se os rendimentos forem abaixo de um determinado nível, podem-se aplicar benefícios, como contribuições reduzidas. No primeiro ano de atividade há a possibilidade de pagar contribuições voluntárias para obter garantias sociais, como subsídios de doença ou maternidade.

 

Benefícios

Freelancers cujo rendimento anual é inferior a 13.500 euros podem estar isentos do IVA e não são obrigados a efetuar pagamentos antecipados de impostos. Isto reduz significativamente a carga fiscal para iniciantes e aqueles com rendimentos menores.

 

Declaração de Renda

Freelancers são obrigados a apresentar anualmente a declaração de impostos de 1 de abril a 30 de junho. É necessário utilizar o formulário B para a declaração de rendimentos e o formulário SS para as contribuições sociais. Se você trabalha com o regime simplificado de tributação, parte da declaração é preenchida automaticamente com base nos dados registrados no sistema fiscal.

 

Essas regras e benefícios proporcionam flexibilidade aos freelancers, permitindo otimizar as obrigações fiscais de acordo com o nível de renda e despesas.

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